sábado, dezembro 20, 2008

Entre o Espaço- Poema final

Em resposta ao comentário do P.Rui e ao do Rudo decidi modificar o meu poema ENTRE O ESPAÇO, para que este transparecesse melhor o que senti e o que penso ao escrevê-lo.

De qualquer forma não penso que o verso "sou eu e isso basta" seja perturbador, pelo contrário é bastante positivo no devido contexto.

É uma exaltação do "eu", pacificadora, tranquilizante, uma reconciliação com um "eu" que percebe e vê a imperfeição, a obra inacabada, a necessidade de mudar.
E por isso tem consciência da linha de "tus", não pretende manipular e controlar os outros, pretende apenas ser o seu melhor, no presente e no futuro, a cada momento.

De qualquer forma, apesar de discordar de algumas coisas agradeço os comentários e a crítica!

Aqui fica a alteração do poema:


ENTRE O ESPAÇO

Hoje apetece-me agarrar o vento
que espreita e derruba a minha janela,
apetece-me agarrar o fogo
que arde incessante na minha alma.

De repente olho o quadro,
aquele que um dia foi meu
e brotou das minhas mãos
como quem solta um pássaro,


está diferente...

incompleto
como todas as obras, frio
como os dias de inverno,
preciso colori-lo
com calor humano.

Olho-me ao espelho
estou despida,
ao frio e ao calor
estou eu sem mais nada,
estou bem, estou livre,
solta

como quem levita no espaço
e não pretende aterrar.
Sou eu,
autêntica, sem artifícios
sem pretensões, nem máscaras,
sou eu,
não pretendo ser mais,
mas apenas melhor,
vou sendo o melhor de mim...

Raquel M. (Dezembro 2008)

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